domingo, 9 de outubro de 2016

Olhem onde as crianças se encontravam?

Sempre estavam ao redor de Jesus! Todas as vezes que o Mestre as usou como exemplo ou se referiu a elas, era ao redor dele que elas estavam. Quando se contava a multidão que seguia Jesus, lá estavam lá tantos homens e diziam: “Sem contar mulheres e crianças”. Elas estavam sempre lá. Onde quer que ele estivesse, as crianças o seguiam.

Suas palavras iam ao encontro dos seus corações. Mas qual o método, a didática que Jesus, o Metre, usava para atrair as crianças? Na maioria das vezes, falava por parábolas, sempre com simplicidade e amor, tratava das almas adultas e das crianças pequeninas. Ele podia enxergar os corações, as intenções, os anseios de todos que o cercavam. Teve a ousadia de dizer que quem não se tornasse como uma criança não entraria no seu reino! (Mateus 18.3).

Por que, então, a igreja insiste em retirá-las do culto, da celebração que prestamos ao nosso Salvador? Crianças amam participar de cultos em que tudo foi adaptado para elas, em que os louvores são alegres e vibrantes, em que a palavra a conduza a um universo glorioso e colorido, do qual ela faz parte.

Quando olho para Jesus, vejo-o conduzindo não só crianças, mas toda a multidão que o seguia a esse mundo encantado, em que elas são os alvos. Essa história vibrante e envolvente que nos conta como os personagens principais foram criados e resgatados pelo próprio Autor e Criador e como haveremos de viver nesse reino glorioso, cheio de encanto e alegria, só porque o Criador, por Graça, quis nos criar! Em breve o veremos face a face e nessa esperança cremos e vivemos até que ele venha e junto a ele nos tornemos partes desse Reino majestoso.

Nossa pregação, ministração, ou palavra, como queiramos chamar, deve alcançar a todos quantos Jesus chamar. Nossa ministração deve alcançar a qualquer idade, pois era isso que Jesus fazia. A Palavra do Senhor diz: “Não as impeçais de vir a mim”. Isso ele falou aos discípulos quando achavam que o mestre estava muito ocupado para receber as crianças barulhentas e falantes, que, em vez de andar, corriam; que, em vez de falar, gritavam; que em vez de silêncio, faziam bagunça.

Essas crianças da época de jesus, ou antes dele, são como as nossas crianças hoje, sobre as quais ele diz: “Não as impeçais de vira mim”. São essas crianças querem ver Jesus, que ousam trazer o seu lanchinho para ver pães e peixes multiplicados. Crianças como o Rei Josias, que, mesmo que seus pais fossem maus e se esquecessem dos feitos do Senhor por Israel, reconduziu o povo à adoração! Ou como aquela que Jesus tira do meio da multidão e nos diz que devemos nos tornar como ela.

São essas crianças que ocupam nossas igrejas, são essas crianças que estão sendo sequestradas, raptadas para servirem em exércitos mundo a fora. São essas pequenas que têm sofrido todo tipo de preconceito e privação, que têm tido suas bocas  tapadas para que não ouçam seus gritos, seus clamores, seus sonhos. Crianças que não são ouvidas em casa, mas acham quem as escute nas esquinas escuras. Essas que são rotuladas de incapazes, bagunceiras, esquecidas, que não têm  capacidade de compreender as coisas profundas das palavras do Rei Jesus. São essas crianças a quem Jesus se referia em Mateus 19.14: “Não as impeçais de vir a mim”!

É dessas crianças que estamos falando aqui hoje, em 2016! O que temos feito por essas crianças? Como ministros de Deus nessa Terra, nossa mensagem a cerca da Palavra de Deus tem ido ao encontro desses corações, ou tem passado acima das suas cabeças?

É dever da Igreja, da família e da comunidade em que vivemos se responsabilizar por essas crianças, pois a Palavra de Deus nos diz em João 1.10-12:
Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. 11Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. 12Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (João 1.10-12 NI).

Há uma necessidade urgente de fazer Cristo conhecido por nossas crianças, de levar o conhecimento de Deus a todas que estão dentro e fora da Igreja. Isso não é responsabilidade só das “tias da salinha”, que na verdade, são pastoras de ovelhas, mas que por infelicidade, vão continuar sendo vistas como “tias”, até que a igreja entenda que as crianças também são ovelhas desse rebanho, que precisam ser vistas e acolhidas para que conheçam o Rei da Glória e não sejam tragadas por lobos.

Mateus 19.14:

Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus. (Almeida Corrigida e Fiel)
Então disse Jesus: "Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas". (Nova Versão Internacional)

Missionária Beatriz de Oliveira Carvalho

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