Sempre estavam ao redor de Jesus! Todas as vezes que o Mestre as usou
como exemplo ou se referiu a elas, era ao redor dele que elas estavam. Quando
se contava a multidão que seguia Jesus, lá estavam lá tantos homens e diziam:
“Sem contar mulheres e crianças”. Elas estavam sempre lá. Onde quer que ele
estivesse, as crianças o seguiam.
Suas palavras iam ao encontro dos seus corações. Mas qual o método, a
didática que Jesus, o Metre, usava para atrair as crianças? Na maioria das
vezes, falava por parábolas, sempre com simplicidade e amor, tratava das almas
adultas e das crianças pequeninas. Ele podia enxergar os corações, as
intenções, os anseios de todos que o cercavam. Teve a ousadia de dizer que quem
não se tornasse como uma criança não entraria no seu reino! (Mateus 18.3).
Por que, então, a igreja insiste em retirá-las do culto, da celebração
que prestamos ao nosso Salvador? Crianças amam participar de cultos em que tudo
foi adaptado para elas, em que os louvores são alegres e vibrantes, em que a
palavra a conduza a um universo glorioso e colorido, do qual ela faz parte.
Quando olho para Jesus, vejo-o conduzindo não só crianças, mas toda a
multidão que o seguia a esse mundo encantado, em que elas são os alvos. Essa
história vibrante e envolvente que nos conta como os personagens principais
foram criados e resgatados pelo próprio Autor e Criador e como haveremos de
viver nesse reino glorioso, cheio de encanto e alegria, só porque o Criador,
por Graça, quis nos criar! Em breve o veremos face a face e nessa esperança
cremos e vivemos até que ele venha e junto a ele nos tornemos partes desse
Reino majestoso.
Nossa pregação, ministração, ou palavra, como queiramos chamar, deve
alcançar a todos quantos Jesus chamar. Nossa ministração deve alcançar a
qualquer idade, pois era isso que Jesus fazia. A Palavra do Senhor diz: “Não as
impeçais de vir a mim”. Isso ele falou aos discípulos quando achavam que o
mestre estava muito ocupado para receber as crianças barulhentas e falantes,
que, em vez de andar, corriam; que, em vez de falar, gritavam; que em vez de
silêncio, faziam bagunça.
Essas crianças da época de jesus, ou antes dele, são como as nossas
crianças hoje, sobre as quais ele diz: “Não as impeçais de vira mim”. São essas
crianças querem ver Jesus, que ousam trazer o seu lanchinho para ver pães e
peixes multiplicados. Crianças como o Rei Josias, que, mesmo que seus pais
fossem maus e se esquecessem dos feitos do Senhor por Israel, reconduziu o povo
à adoração! Ou como aquela que Jesus tira do meio da multidão e nos diz que
devemos nos tornar como ela.
São essas crianças que ocupam nossas igrejas, são essas crianças que
estão sendo sequestradas, raptadas para servirem em exércitos mundo a fora. São
essas pequenas que têm sofrido todo tipo de preconceito e privação, que têm
tido suas bocas tapadas para que não
ouçam seus gritos, seus clamores, seus sonhos. Crianças que não são ouvidas em
casa, mas acham quem as escute nas esquinas escuras. Essas que são rotuladas de
incapazes, bagunceiras, esquecidas, que não têm
capacidade de compreender as coisas profundas das palavras do Rei Jesus.
São essas crianças a quem Jesus se referia em Mateus 19.14: “Não as impeçais de
vir a mim”!
É dessas crianças que estamos falando aqui hoje, em 2016! O que temos
feito por essas crianças? Como ministros de Deus nessa Terra, nossa mensagem a
cerca da Palavra de Deus tem ido ao encontro desses corações, ou tem passado
acima das suas cabeças?
É dever da Igreja, da família e da comunidade em que vivemos se
responsabilizar por essas crianças, pois a Palavra de Deus nos diz em João
1.10-12:
Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por
intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. 11Veio para o que era seu, mas
os seus não o receberam. 12Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu
nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (João 1.10-12 NI).
Há uma necessidade urgente de fazer Cristo conhecido por nossas
crianças, de levar o conhecimento de Deus a todas que estão dentro e fora da
Igreja. Isso não é responsabilidade só das “tias da salinha”, que na verdade,
são pastoras de ovelhas, mas que por infelicidade, vão continuar sendo vistas
como “tias”, até que a igreja entenda que as crianças também são ovelhas desse
rebanho, que precisam ser vistas e acolhidas para que conheçam o Rei da Glória
e não sejam tragadas por lobos.
Mateus 19.14:
Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os
estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus. (Almeida Corrigida e
Fiel)
Então disse Jesus: "Deixem vir a mim as
crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são
semelhantes a elas". (Nova Versão Internacional)
Missionária Beatriz de Oliveira Carvalho
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